Quando me tornei mãe, cai mesmo de para quedas nesse incrível mundo da maternidade, e dentre as milhares de coisas que surgiram no imensurável hall de questionamentos internos foi a qualidade alimentar do meu filho, o impacto disso em sua vida futura e a interferência da sociedade em tudo isso.
No começo eu seguia o fluxo, depois de um tempo o fluxo já não me agradava em tudo, e quando realmente "saí da matrix" vi que o fluxo é fruto da lei da obediência cega, da facilidade plena, e da agilidade "necessária" do século atual. Sem neuras, acho que tudo tem seu tempo, então não me martirizo pelos primórdios da minha maternidade (ainnnn), e respeito quem não pensa como eu, ora essa!?!! ;-)
Ok. A intensão desse desabafo aqui com vocês, é sugerir alguns passos que trilhei para chegar até aqui, e certa eu de que ainda estou só no comecinho. Mas só em enxergar a vida sob a ótica de questionar, com o respeito que se faz necessário numa vida em sociedade (aliás esse slogan "Vida em Sociedade" é algo que Gabriel ouve bastante de mim...rsrs), me fez ter forças pra escrever esse blog sendo apenas mãe e parteira.
Pra começar sugiro que assistam ao documentário
MUITO ALÉM DO PESO, que retrata a triste realidade brasileira de que
33% das nossas crianças pesam mais do que deviam, e que a
obesidade infantil é a nossa maior epidemia. O documentário está disponível para download nesse
link.
Assistam, reflitam, chamem o
Instituto Alana para promover um debate no meio que você achar necessário. Pude participar de um debate assim e isso cresceu ainda mais minha vontade de tentar mudar!
"Açúcar
é a droga mais perigosa do nosso tempo", diz especialista
Para os apaixonados por doces, um
alerta: “açúcar é a droga mais perigosa do nosso tempo”, de acordo com Paul van
der Velpen, chefe do serviço de saúde de Amsterdã, na Holanda. Ele explica que
o seu uso deve ser desencorajado porque é viciante e que os produtos açucarados
deveriam vir com alertas de saúde, assim como os maços de cigarro. Os dados são
do jornal Daily Mail.
Velpen afirmou que é "tão difícil de largar [o açúcar] quando o
cigarro". Segundo ele, quando as pessoas comem gorduras e proteínas, param
quando se sentem satisfeitas, mas, no caso do açúcar, ingerem por mais tempo,
até que o estômago comece a doer.
A solução, na opinião do
especialista, é tributar o açúcar da mesma forma que o álcool e o cigarro.
Também sugeriu que a quantidade de açúcar que pode ser adicionada aos alimentos
processados deve ser regulamentada. (Fonte: site Terra)
Tendo assim a consciência de que nossas crianças consomem o que lhes é ofertado por nós pais, cuidadores ou pela TV, devemos prestar atenção na nossa parcela de culpa, e formar consumidores conscientes. A partir daí comecei outra luta (árdua, vocês nem imaginam...) com a televisão e mídias de estímulo ao consumismo infantil. Descortinou-se em mim uma realidade maquiada pela telinha mágica que eu não havia percebido antes.
Mas nem só da TV é a culpa, claro que não! E fui lutar pela
Infância Livre de Consumismo, leia mais
aqui.
E depois, munida de todas essas informações, formei um pouco da pessoa que sou hoje, e tento passar pra Gabriel o que considero ser importante. Não é fácil, como disse acima, "sair da matrix", remar contra uma cultura instalada (?) que por vezes dói, por outras incomoda (aos outros, principalmente). Mas as evidências estão aí, não é mesmo? Cabe a nós dançarmos de acordo com a música que os estudos soarem pra gente.
E aí, por fim, vocês já sabem, é só continuar seguindo a gente, que muito do que trilhei já está aqui disponível pra vocês, nesse blog de mãe e filho, transformado em comidinhas naturebas, integrais, funcionais, ou como quiserem chamar, mas que foram pensadas para comer livre, e consciente!
Acima é Gabriel com 2 anos de idade brincando de cozinhar um "jantar pro papai", tinha nessa "jantar": cravo, farinha, manga, água, e o principal, muito amor, criatividade e liberdade.
Beijos,
Tanila e Gabriel